segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O AMOR UNIVERSAL

Amarás teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. Esse o maior e o primeiro mandamento. E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro; Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. – Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.”  Mateus, XXII, 36 a 40.

Quanta confusão já vimos quando se fala do AMOR.
Também tantos já conceituaram tantas vezes o AMOR. O AMOR é... O AMOR é...
O AMOR é a luz do Mundo. Foi com essa expressão maravilhosa que a TV Globo encerrou uma novela das 6 horas.
O AMOR é...
Leandro Pires, no livro O Eu Superior – Nosso Verdadeiro Mestre: O Amor é o sentimento mais difícil de ser explicado. Porque não há palavras que o definam melhor. É um sentimento tão intenso e poderoso, de tão elevadas vibrações, que praticamente impossibilita ao homem explicá-lo melhor, através de simples palavras”.
E quando a gente diz: O AMOR UNIVERSAL, muitos correm pra dizer: ah! Isso é coisa de carola, de beato, de padreco, de espírita sofredor, e vão desfilando impropérios mil sobre esse tal de AMOR UNIVERSAL.
Tem gente que diz: Amor Universal, rima com “sem sal”, e lá vêm mais um mundaréu de outras impropriedades: igrejeiro, catimbozeiro, macumbeiro, e mais um tantão de “eiros”. Caramba! Dá vontade de rir.
Mas, não é de rir, não. É pra chorar, diante da ignorância ou dos interesses com que a humanidade desvia o verdadeiro sentido do segundo mandamento da Lei Divina: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo”. Pois foi aí, nesse ponto crucial da vida, que o Mestre Jesus nos mostrou o que é o AMOR UNIVERSAL.
Walkiria Lúcia de Araújo Cavalcante, no artigo “O mandamento maior” para a Revista Internacional de Espiritismo, Dezembro/2007, pág. 573, escreveu: “Junta em seguida, a este mandamento: “Amarás ao teu próximo, como a ti mesmo. Ele não nos disse para amar o próximo como ele nos ama. O amor de Jesus é um amor sem mescla, sem preconceito. O nosso amor ainda não se expressa com total pureza”.
Caramba! É fácil dizer EU TE AMO. Muito fácil. O negócio mais difícil é realmente amarmos o próximo como a nós mesmos.
Mas será que amamos a nós mesmos?
E nossas tristezas que cultivamos como se fôssemos crianças desamparadas?
E nossos melindres que trabalhamos pra nunca deixar de continuar assassinando mentalmente aqueles que nos “ofenderam”?
E nosso amor próprio ferido, nosso orgulho de homem ou de mulher? De pai dedicado ou de mãe extremada?
E nossas vaidades que ultrapassam qualquer idade e que tanto são exaltadas como se fossem naturais no ser humano?
E nossas esquisitices que guardamos cuidadosa e zelosamente no coração pra só explodir na hora certa, porque somos sistemáticos?
E nossas depressões que, nas horas em que estamos sós, tratamos a “pão de ló” pra que os mais próximos sofram com “nossos terríveis sofrimentos”?
“Coitadinho(a) dele(a)! Não é bom que eles tenham “peninha” da gente? Afinal somos tão sofredores e nem merecemos isso! Somos tão bons que deveríamos estar no lugar dos maiores entre todos os homens da Terra, pois ninguém está à nossa altura.
No budismo, existe a prática da meditação com o objetivo de alcançar o amor incondicional, o AMOR UNIVERSAL.
Então essa técnica milenar de efeitos maravilhosos, senão fantásticos, por conta de que ensina pessoas de qualquer idade, sexo, religião, tem a finalidade de purificar a mente, tornando-a saudável e íntegra. É o primeiro passo para a pessoa amar a si mesma. Por isso, é denominada Meditação Universal.
Eis o procedimento: A prática da Meditação do Amor Universal deve começar pela própria pessoa, porque se alguém não se ama, torna-se impossível estender amor e benevolência a outras pessoas.
Inicia-se com o pensamento: estou limpando minha mente de todas as impurezas, que eu esteja livre de maldades, que eu esteja livre de inimizades, que eu fique livre do sofrimento, que eu me sinta muito feliz, com muito amor e muita paz.
Depois disso com a mente e o coração repletos de amor e paz, o pensamento deve ser dirigido a uma pessoa muito querida, da qual gostamos muito, visualizamos essa pessoa recebendo todo o nosso carinho, toda a paz e todo o amor que estamos sentindo. Em seguida visualizamos uma pessoa que nos é indiferente, um conhecido do qual não gostamos nem deixamos de gostar, e enviamos o mesmo pensamento. Finalmente lembramos de alguém que por algum motivo não gostamos, que nos é desagradável, pelo qual temos algum tipo de rancor, e enviamos em forma de pensamento o nosso perdão, banhando-o com pensamentos de amor, paz e compreensão”.
Ora, quando nos tornamos capazes de amar-nos e passamos a endereçar nossos sentimentos em favor do próximo, podemos dizer que estamos aptos para darmos o primeiro passo do Amor Incondicional.
Depois disso, a prática se consolidará, até que o Amor Incondicional seja o verdadeiro Amor Universal.
Novamente, Leandro Pires, na obra citada: O Amor Universal é a manifestação de um Amor puro, infinito, imparcial e sem distinções.
O Amor Universal não faz distinção entre raças, cor, e credo religioso; não discrimina, não separa, não julga, não prefere, nem escolhe. Mas não é indiferente, tem compaixão, inspira o perdão, tem a sua própria razão, e assim como a Fé, é capaz de mover montanhas”.
É um sentimento agradável, doce, maravilhoso. Uma alegria incomensurável, uma ternura inefável avançam pelo peito a dentro quando praticamos o bem ao nosso próximo. E ao vê-lo feliz pelo amor que lhe doamos sem condições, a felicidade penetra nossa alma e ambos nos tornamos como um foco luminoso – é a irradiação do Amor.
O ser humano então compreenderá que o mandamento Amar a Deus de todo o coração, de toda a alma e de todo o entendimento e ao próximo como ama a si mesmo, é o único caminho que leva ao descortino da fé pela razão e, de conseqüência, à felicidade inconteste do mais sublime dos sentimentos – o AMOR.
Nesse instante sublime, não só o nosso coração se encontra emprenhado de vigorosa energia, como sentimos que todo o Universo pulsa no mesmo ritmo.
Ainda há muitos desamores, muitos abalos, muitas ofensas, muitas guerras, muitas escaramuças, muitas brigas menores ou maiores para serem vencidos.
Assim como neste terceiro milênio nosso Orbe terrestre deixará de ser um planeta de provas e expiações, tornando-se um Mundo regenerado, também os homens, num futuro, nem tão distante, descobrirão e sentirão este AMOR UNIVERSAL, vivenciando-o em sua plenitude, escoimando sofrimentos para compartilhar a felicidade em todos os quadrantes da matéria.

Nenhum comentário:

Postar um comentário