segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A CORAGEM DA FÉ


            Todo aquele pois que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos Céus; e o que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos Céus. – Mateus, X: 32 e 33.

O ser humano conceitua a coragem como aquela que se sobrepõe ao medo, ou, até mesmo, a que extrapola este último sentimento.
Credita-se a coragem da fé, àqueles que têm a ousadia de expor sua crença através de veementes palavras ou pela firmeza de posições sobre as verdades de sua doutrina.
Depois de espancado, cuspido, coroado de espinhos, vestido em túnica barata, uma cana nas mãos amarradas à título de cetro, humilhado, quando Pilatos, que perguntou o que era a verdade, Jesus, sereno, olhar profundo, sem titubear, respondeu: A Verdade é o Pai que está nos Céus.
Sem dúvida alguma, que essa resposta demonstrou a Coragem do Mestre e a extensão da sua Fé inabalável no Pai que está nos Céus.
Todas as humilhações, os vilipêndios populares enquanto carregava o pesado madeiro até o Calvário, os grandes cravos nos pulsos e nos pés, a lançada no coração, o vinagre nos lábios ao invés de água, nada disso conseguiu derrubar o esteio da Fé do Rabi da Galiléia. No momento da expiração final do corpo, elevou sua voz: Pai, em Tuas Mãos entrego o meu espírito.
O homem, na sua trajetória terrena, não sofre nenhuma das dificuldades enfrentadas pelo Cristo. Sucumbe, muitas vezes, diante de qualquer querela ou se preocupa com dizeres ou palavras de outrem que colocam em cheque a sua vacilante fé.
Instado por Críton, o discípulo que conseguira abrir a porta da cela da prisão de Sócrates sugerindo sua fuga porque morreria pelo veneno cicuta, o filósofo mestre respondeu: “Ninguém mata Sócrates, porque Sócrates não é carne, mas, a alma imortal.
Já entontecido pela cicuta respondeu a Críton que queria saber onde enterra-lo: o corpo vocês enterram onde quiserem, porque Sócrates voa para Deus.
Tem a coragem da fé aquele que é humilde, tolerante e que não hesita na dedicação ao trabalho do Bem, sempre em favor do próximo, mesmo diante de dificuldades e de empecilhos do dia-a-dia.
A prece é recurso poderoso para que o espírita encare, confiante, qualquer problema na certeza de que sua coragem vem de um Grande Deus.

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