segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A ALEGRIA COMO FORMA DE VIDA

Zé Henrique surgiu na Casa Espírita buscando ajuda, que nos seus dizeres, para solucionar as tantas trombadas que ultimamente vinha recebendo da vida. Nada dava certo, ou melhor, tudo dava errado.
Só de olhar pro Zé Henrique já dava dó. Aparentava um sofrimento inexaurível. Pálido, olhos mortiços, semblante apagado. Era a triste figura de quem não tinha um só momento de tranquilidade e de bem estar. A felicidade, parece, nunca estivera nem ao seu lado quanto mais dentro dele.
Narrou, também, que nos últimos meses nem dormir direito conseguia mais. Via sombras a perseguirem-no. Tinha a impressão que sempre alguém estava às suas costas esperando para desferir-lhe um golpe mortal. Às vezes, tão logo conseguia um soninho, despertava assustado com alguém gritando com ele ou para ele ficar acordado porque estava para sofrer alguma coisa. Ora sentia como se o fôlego faltasse e fosse morrer sufocado, ora, parecia como se alguém lhe agarrasse a garganta tentando esganá-lo.
As piores sensações o acometiam incessantemente.
Uma voz sugeria-lhe orar a Deus e ele, não conseguia proferir nem a primeira frase do Pai Nosso, pois um aturdimento parecia penetrar-lhe pelos ouvidos deixando-o completamente alheio ao sentido da oração universal e nada saia nem de sua boca, muito menos se formava nos seus pensamentos que pudesse colocá-lo em contato com a espiritualidade maior.
Realmente, era algo ruim invadindo-o de tal sorte que o corpo parecia tomado de um torpor que ele nem conseguia respirar direito, nem concatenar idéias que o livrassem daquele estado de coisas.
A família já não mais o suportava nos arroubos amalucados que entremeavam palavras ofensivas com o mau humor constante, ou tiradas incoerentes com falsas acusações de deslealdade dos seus afins.
Depois de tantas desventuras alguém, nem se lembra direito quem, lhe sugerira procurasse a Casa Espírita onde davam atendimento nesses casos que tais.
Chegou cedo, pelas 19 horas, quando a irmã encarregada da abertura do Centro já pusera o molho de chaves na porta de entrada. Ali mesmo ele pediu ajuda pra ela e lhe foi informado que aguardasse a irmã Clotilde que era quem fazia a triagem e o encaminhamento ou para o espírito médico que atendia todas as quartas-feiras ou para os trabalhadores, via de regra um grupo de 3 ou 4 irmãos, que tinham a missão de ouvir e de orientar os encarnados necessitados.
Quando Clotilde ouviu o histórico de sofrimento de Zé Henrique, não teve dúvidas, encaminhou-o à consulta com o espírito médico que certamente haveria de lhe dar medicamento certo para o seu intrincado caso.
O espírito requereu a presença do psicoterapeuta desencarnado Dr. Luiz Antonio que quando encarnado fora médico psiquiatra e psicólogo num hospital de referência no interior paulista.
Luiz Antonio mostrou que a vida pode ser comparada com u’a moeda de duas faces: a face negativa, quando o Universo parece desabar na cabeça da pessoa e a face positiva, quando a pessoa se vê sempre cercada do carinho dos demais, dos negócios que se encaminham mais facilmente, do bem estar que atinge a si e aos familiares e amigos. Mas, que para isso é importante que se ore aos espíritos todas as noites e todas as manhãs, rogando que Deus os ilumine e os abençoe para eles serem felizes. Esse procedimento serve como limpeza dos fluidos deletérios que algum espírito inferior possa ter deixado no ambiente onde a pessoa vive ou trabalha, além de instalar, definitivamente na sua vida, a alegria de viver, a alegria do agradecimento por tudo que lhe foi concedido até aquele instante e por tudo que ainda haveria Deus de lhe proporcionar.
Que tivesse a coragem de romper com os grilhões que o infelicitavam escolhendo a alegria como forma de vida.
Zé Henrique partiu aliviado depois das recomendações do espírito Dr. Luiz Antonio.
Quase um mês depois retornou à Casa Espírita tão alegre como se tivesse ganho o prêmio máximo da loteria anunciada no dia anterior.
E disse alto e bom som: “adotei a alegria como forma de minha vida e tudo já passou. Sinto-me plenamente feliz e desejoso de trabalhar como voluntário em tudo que a Casa Espírita me designar fazer”.
Assim está acontecendo como antes os trabalhadores já haviam adotado a ALEGRIA COMO FORMA DE VIDA.

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